Publicado em 2025-03-02 11:43:44
A classe política portuguesa tem tratado o país como um taberneiro sem escrúpulos gere a sua caixa: pega no dinheiro dos clientes e usa-o como bem entende, sem prestar contas, sem estratégia, e sem qualquer respeito pelos compromissos assumidos. Esta mentalidade de curto prazo, sustentada por truques orçamentais e desvio sistemático de fundos, tem conduzido Portugal a uma situação insustentável, onde os trabalhadores do setor privado pagam a conta dos desmandos estatais enquanto são enganados com discursos de responsabilidade fiscal.
Um dos exemplos mais evidentes desta fraude institucionalizada é a forma como os sucessivos governos têm tratado a Segurança Social. Criada para garantir as pensões dos trabalhadores que descontam ao longo da vida, a Segurança Social tem sido alvo de sucessivos saques para financiar despesas que não têm nada a ver com o sistema contributivo.
Agora, surge mais uma ameaça: a possibilidade de usar os fundos da Segurança Social para tapar os buracos da Caixa Geral de Aposentações (CGA), o sistema de pensões dos funcionários públicos. Esta ideia, que já vinha sendo implementada de forma disfarçada, foi recentemente criticada por Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho, que alertou para o erro profundo que isso representa. O problema é que este erro já vem de longe, e não parece haver intenção de corrigi-lo.
Desde que, em 2006, o Estado fechou a CGA a novas inscrições, todos os funcionários públicos contratados passaram a descontar para a Segurança Social. No entanto, as suas contribuições não são suficientes para pagar as reformas dos antigos funcionários públicos, que continuam a receber as suas pensões do Estado. O buraco financeiro da CGA deveria ser coberto pelo Orçamento do Estado, mas em vez disso, a classe política tenta disfarçar esta dívida usando o dinheiro dos trabalhadores do setor privado.
Isto cria uma situação de injustiça gritante: enquanto o Estado garante reformas generosas aos funcionários públicos, os trabalhadores do setor privado são constantemente ameaçados com cortes e aumentos da idade da reforma, sob o pretexto de que "as suas pensões não são sustentáveis". Esta manipulação da narrativa tem um único objetivo: manter os privilégios da máquina estatal à custa de quem trabalha fora dela.
O desvio de fundos da Segurança Social não é um caso isolado. Há muito tempo que o Estado usa os impostos e contribuições sociais como uma espécie de fundo de emergência para cobrir todo o tipo de despesas. O dinheiro dos contribuintes vai parar a subsídios arbitrários, projetos falhados, bancos falidos e a uma máquina burocrática obesa que apenas serve para garantir empregos e mordomias à classe política e aos seus protegidos.
O resultado é um ciclo vicioso de exploração:
Este modelo não só é insustentável, como é moralmente repugnante. O Estado não cumpre a sua parte do contrato social, mas exige que os cidadãos cumpram as suas obrigações fiscais até ao último cêntimo, sob ameaça de coação e penalizações.
Para justificar estas práticas, os políticos recorrem a um discurso hipócrita, onde se apresentam como guardiões da justiça social enquanto tramam os trabalhadores pelas costas. Dizem que os apoios sociais são um imperativo moral, mas não explicam que esses apoios são financiados à custa de quem trabalha e que, muitas vezes, alimentam redes de dependência e clientelismo.
Dizem que a Segurança Social precisa de reformas porque as pensões não são sustentáveis, mas não mencionam que foram eles próprios que desviaram dinheiro do sistema durante décadas.
Dizem que é preciso aumentar impostos para garantir serviços públicos de qualidade, mas não explicam por que razão esses serviços continuam a piorar apesar da carga fiscal sufocante.
Esta manipulação tem um objetivo claro: manter a população distraída e dividida, para que nunca se forme uma verdadeira oposição à pilhagem organizada que a classe política perpetua há décadas.
Se Portugal quer sair deste ciclo de exploração, é necessário um choque de realidade e uma rutura com as práticas atuais. Algumas medidas essenciais seriam:
Sem estas mudanças, Portugal continuará a ser governado por um Estado taberneiro, onde a classe política se serve primeiro e só depois, se sobrar alguma coisa, pensa nos cidadãos. E como a história tem demonstrado, neste sistema, nunca sobra nada.
Leia também:
Portugal 2026: Um Orçamento de Estado Disruptivo e Inovador criado pela IA.
Créditos para IA, DeepSeek e Gemini (c)