Publicado em 2025-02-28 10:49:39
A ausência de Portugal em cimeiras internacionais cruciais, como a reunião em Kiev para marcar três anos da invasão russa da Ucrânia e os encontros promovidos por Emmanuel Macron sobre a segurança europeia, levanta sérias questões sobre o papel do país no cenário internacional. Ao adotar uma posição passiva nestes eventos, Portugal arrisca-se a tornar-se irrelevante em momentos decisivos para o futuro da Europa.
No mundo da geopolítica, a presença conta. Estar nas mesas de negociação, participar nos debates e afirmar interesses estratégicos são elementos essenciais para qualquer país que queira ter um papel ativo na política global. A ausência portuguesa nestes encontros passa uma mensagem preocupante: falta de compromisso e desinteresse por temas fundamentais como a segurança europeia.
Enquanto países como França, Alemanha e Polónia tomam a dianteira na definição do futuro da defesa europeia, Portugal parece confortável na posição de espectador. Mas essa postura pode sair cara. Num contexto de crescente instabilidade internacional, onde a ameaça de conflitos se torna cada vez mais real, não participar ativamente nas decisões significa perder influência e relevância.
Portugal tem historicamente equilibrado a sua política externa entre a União Europeia, a NATO e relações privilegiadas com os países lusófonos. No entanto, a falta de presença em fóruns decisivos sugere uma ausência de estratégia clara. O desinteresse por questões de segurança e defesa pode comprometer os interesses do país a médio e longo prazo, seja na definição das políticas de defesa da UE ou no acesso a fundos estratégicos para reforço militar e tecnológico.
Além disso, a diplomacia não é apenas uma questão de presença simbólica. Quem participa ativamente nas decisões ganha espaço e influência para negociações futuras, seja na atribuição de fundos europeus, na definição de políticas energéticas ou mesmo no reforço de laços comerciais. Ao continuar ausente, Portugal corre o risco de ser visto como um país periférico e irrelevante, sem capacidade para influenciar decisões que afetam diretamente o seu futuro.
Para evitar cair na irrelevância diplomática, Portugal precisa de agir:
O país não pode continuar a assistir ao jogo da bancada enquanto os outros decidem o seu destino. É hora de Portugal reivindicar o seu lugar e assumir um papel mais ativo na política internacional.
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