Publicado em 2025-02-23 13:31:58
Nos últimos anos, temos assistido a uma degradação preocupante da política e da qualidade dos seus líderes. A mediocridade parece ter tomado conta dos centros de decisão, onde indivíduos sem escrúpulos, guiados apenas pela ambição pessoal, ocupam posições de poder sem qualquer compromisso real com o bem comum. Ao mesmo tempo, as sociedades, apesar de um acesso sem precedentes à educação e à informação, demonstram uma falta alarmante de pensamento crítico e participação cívica. O resultado é um sistema político degradado, onde a corrupção e o populismo prosperam, colocando em risco os princípios democráticos e a estabilidade social.
A política deveria atrair os mais capazes, aqueles que têm uma visão para o futuro e um sentido de responsabilidade perante a população. No entanto, verifica-se que os cargos de poder são ocupados, em muitos casos, por indivíduos sem qualificações adequadas, sem valores morais e sem qualquer preocupação com o interesse coletivo. A falta de competência leva a gestões desastrosas, e a ausência de integridade transforma a política num jogo de influências, onde vale tudo para manter o poder.
Este fenómeno tem várias causas. Primeiro, a estrutura dos partidos políticos favorece a ascensão de figuras leais aos interesses internos das organizações, em detrimento dos mais competentes. Segundo, a mediocridade dos líderes é reforçada pelo populismo, onde promessas fáceis e discursos vazios são suficientes para garantir eleições, enquanto soluções concretas são deixadas de lado.
A falta de liderança forte e de estratégias de longo prazo resulta em sociedades desorganizadas, onde os problemas estruturais são adiados indefinidamente. A degradação das instituições democráticas torna-se inevitável, abrindo caminho para o caos e o declínio civilizacional.
Embora a educação tenha sido amplamente democratizada na Europa e em muitas partes do mundo, isso não se traduziu num aumento proporcional da consciência cívica e política. Pelo contrário, observa-se um déficit alarmante de pensamento crítico e uma apatia generalizada face às questões essenciais da sociedade.
A razão para isso está na forma como a educação tem sido conduzida. O ensino está mais focado na repetição de conteúdos do que no incentivo à análise e ao questionamento. Os cidadãos tornam-se, assim, mais fáceis de manipular por discursos populistas, pois não desenvolveram as ferramentas necessárias para avaliar criticamente as informações que recebem.
Além disso, a ascensão das redes sociais como principal meio de informação contribui para a propagação de desinformação e teorias da conspiração, minando ainda mais a capacidade das pessoas de distinguir entre fatos e manipulação. Sem pensamento crítico, a democracia enfraquece, pois o eleitorado torna-se vulnerável à manipulação, permitindo a ascensão de líderes incapazes ou perigosos.
A combinação de lideranças fracas e sociedades desinformadas gera um terreno propício para o retrocesso civilizacional. Na Europa, que sempre foi um dos pilares da democracia e dos direitos humanos, já se observam sinais preocupantes: polarização política extrema, enfraquecimento das instituições democráticas e o crescimento de movimentos autoritários.
Além disso, a degradação da política internacional tem conduzido a crises económicas e sociais que, em vez de serem resolvidas de forma racional e coordenada, são usadas como instrumentos para alimentar o medo e a instabilidade. O risco de conflitos armados e crises humanitárias massivas aumenta quando a diplomacia é substituída por jogos de poder e interesses privados.
Se queremos evitar um colapso das democracias e um retrocesso civilizacional, é necessário agir em vários campos:
Se estas ações não forem tomadas a tempo, a degradação das democracias poderá levar a uma nova era de instabilidade e conflitos. Cabe à sociedade despertar e assumir o seu papel na construção de um futuro mais justo e sustentável.
Créditos para IA, chatGPT e DeepSeek (c)