Com as medidas draconianas Trump estará a condenar os EUA?

Publicado em 2025-02-02 14:38:00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem manifestado a intenção de impor tarifas de importação à União Europeia (UE). Em dezembro de 2024, Trump ameaçou a UE com a introdução de novas tarifas sobre produtos importados da região, caso os Estados-Membros não aumentem as suas compras de petróleo e gás norte-americanos.

Além disso, Trump afirmou que a UE está na mira para a imposição de tarifas, após já ter anunciado taxas de 25% para o Canadá e o México, e de 10% para a China.

Essas ameaças indicam uma possível intensificação das tensões comerciais entre os EUA e a UE, o que poderá afetar diversos setores económicos, incluindo o automóvel e o químico, que dependem fortemente das exportações para os EUA.

A UE tem procurado minimizar essas ameaças, mas a situação permanece volátil, e é importante acompanhar os desenvolvimentos para entender as possíveis implicações para o comércio internacional e as economias envolvidas.

Mas se Trump insistir podem acontecer eventos que ele nem sequer imagina.

Por exemplo se o Canadá, a União Europeia (UE) e a Inglaterra se unirem em blocos comerciais mais fortes, enquanto buscam acordos comerciais mais justos com a China e outras economias emergentes, os EUA podem enfrentar um cenário em que ficam isolados, principalmente se insistirem em uma abordagem unilateral com tarifas elevadas e políticas protecionistas.

Possíveis cenários para os EUA:

  1. Isolamento comercial: Se países como o Canadá, a UE e a Inglaterra formarem alianças econômicas mais estreitas entre si e com outras potências comerciais, como a China, os EUA poderiam ser excluídos de acordos comerciais lucrativos. Isso deixaria os EUA a negociar acordos isolados, sem o poder de influenciar blocos maiores de países.
  2. Perda de influência global: Historicamente, os EUA tiveram grande influência em normas comerciais globais. No entanto, ao adotar uma postura mais agressiva e protecionista, poderiam perder essa posição, enquanto a UE e a China poderiam assumir uma maior liderança em temas de comércio global, desenvolvimento sustentável e até inovação tecnológica.
  3. Retorno à diplomacia multilateral: Se os EUA se virem marginalizados, podem ser forçados a adotar uma abordagem mais cooperativa, voltando à diplomacia multilateral e aos fóruns internacionais para reverter os danos econômicos causados pelas suas tarifas. Isso pode significar concessões em várias áreas, incluindo comércio e segurança internacional.
  4. Risco de retaliações e desaceleração econômica: A imposição de tarifas elevadas pode levar a uma guerra comercial de longo prazo, prejudicando tanto os EUA como seus parceiros comerciais. Se a UE, o Canadá e a China fortalecerem suas relações econômicas, os EUA podem sofrer uma desaceleração econômica, com aumento nos custos de importação e impacto nas exportações.

No entanto, se os EUA se isolarem economicamente, o risco é que a sua economia, mais dependente de consumo interno e comércio com parceiros específicos, não consiga competir com a diversidade e os blocos comerciais que podem surgir, em um mundo cada vez mais globalizado. A balança de poder pode se deslocar de um sistema dominado pelos EUA para uma distribuição mais equilibrada entre potências como China, a UE, e outras economias emergentes.

No entanto como disse o presidente chinês, “com estas rupturas dos actuais acordos comercias, ninguém irá ganhar, e todos perdem”.

Francisco Gonçalves / ChatGPT 

Email: Francis.goncalves@gmail.com 

Imagem gerada pelo ChatGPT Feb2025