Publicado em 2025-02-13 14:42:52
O mundo está a mudar a um ritmo sem precedentes. Os avanços na inteligência artificial, na automação, na biotecnologia, na computação quântica e na energia estão a redefinir a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos. No entanto, a maioria das sociedades não está preparada para enfrentar esta revolução, e essa falta de preparação pode ter consequências devastadoras.
Muitas populações ainda vivem com um modelo mental baseado no passado, acreditando que as estruturas sociais, políticas e económicas permanecerão inalteradas. Mas a verdade é que o futuro não será uma versão ligeiramente diferente do presente – será um mundo completamente novo. E quem não souber adaptar-se pode ficar para trás.
Apesar do aumento da escolaridade e do acesso à informação, as sociedades continuam a produzir cidadãos amorfos, passivos e incapazes de enfrentar os desafios do futuro. Isto acontece por vários motivos:
O sistema educativo tradicional ainda ensina com base na memorização e na repetição, em vez de preparar os alunos para pensar criticamente e resolver problemas complexos. A educação deveria focar-se em desenvolver a capacidade de análise, adaptação e inovação, mas, em muitos países, continua a formar cidadãos que simplesmente seguem ordens sem questionar.
A mudança sempre gerou resistência, mas nunca foi tão acelerada. O medo do desconhecido leva muitos a rejeitar novas tecnologias e a defender modelos ultrapassados. Movimentos populistas e discursos políticos nostálgicos exploram esse medo, convencendo as pessoas de que podem travar o progresso. Mas a realidade é que a mudança é inevitável.
A desinformação e a propaganda digital tornaram-se armas poderosas na política e na economia. A falta de pensamento crítico e literacia digital torna as pessoas vulneráveis a discursos simplistas e manipuladores. Quem controla a informação controla as mentes – e as sociedades mais fracas estão à mercê de líderes populistas e autocratas que exploram essa vulnerabilidade.
A automação e a inteligência artificial já estão a substituir milhões de empregos. No futuro, apenas quem souber trabalhar com estas novas tecnologias terá oportunidades. No entanto, muitos países continuam presos a modelos económicos antiquados, sem preparar os trabalhadores para o novo mercado.
Muitas sociedades habituaram-se a esperar que o Estado ou grandes empresas garantam estabilidade e proteção. Mas, num mundo onde a inovação tecnológica reconfigura tudo a uma velocidade incrível, depender de estruturas rígidas pode ser um erro. Precisamos de cidadãos autónomos, capazes de se reinventar e adaptar-se às novas realidades.
Se as sociedades não se adaptarem, os impactos serão devastadores:
A única solução para enfrentar esta nova era é investir na preparação das sociedades para a mudança. Isso exige medidas concretas em várias áreas:
O futuro já está a acontecer diante dos nossos olhos. As sociedades que não se prepararem para ele tornar-se-ão irrelevantes e vulneráveis. A resistência à mudança não é uma opção – a única escolha real é entre liderar a transformação ou ser esmagado por ela.
Os cidadãos que abraçarem a aprendizagem contínua, o pensamento crítico e a inovação terão um futuro promissor. Os que se recusarem a mudar ficarão à mercê dos que controlam a tecnologia e a informação.
A pergunta essencial é: estamos dispostos a preparar-nos para o mundo que vem aí, ou continuaremos presos ao passado, esperando que tudo continue igual? O tempo para agir é agora.
Francisco Gonçalves
e-mail: francis.goncalves@gmail.com
Imagem gerada pelo ChatGPT
----------------------------------------------
Créditos para ChatGPT (c) e DeepSeek (c) na formatação do texto e geração de imagem que ilustra este texto.